O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a se manifestar publicamente nesta quinta-feira sobre os desdobramentos judiciais que envolvem seu nome e o de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em meio a uma série de investigações que cercam sua família, Bolsonaro diz ser inocente e defende a permanência de Eduardo nos Estados Unidos, alegando que, caso o filho retorne ao Brasil neste momento, será imediatamente preso. A declaração ocorre em um contexto de crescente tensão política e jurídica, marcado por ações do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal contra aliados do bolsonarismo.
Ao reforçar que é alvo de perseguição, Bolsonaro diz ser inocente em todas as acusações que pesam contra ele, incluindo as investigações sobre tentativa de golpe de Estado, disseminação de notícias falsas e articulações ilegais durante seu governo. Para o ex-presidente, há um esforço coordenado de setores do Judiciário para inviabilizar sua atuação política e a de sua família. Nesse cenário, Bolsonaro diz ser inocente e reitera que a permanência de Eduardo fora do país é uma estratégia de proteção contra o que chama de criminalização seletiva.
A fala de Bolsonaro foi dada durante uma conversa com apoiadores, em que mais uma vez atacou o Supremo Tribunal Federal, afirmando que as decisões judiciais têm motivação política. Ele disse que Eduardo não tem garantia de um julgamento justo no Brasil e, por isso, considera fundamental que ele permaneça nos Estados Unidos. Bolsonaro diz ser inocente e aponta que seu filho se tornou alvo apenas por ser uma das principais lideranças da direita no país, fato que, segundo ele, incomoda o atual governo.
Eduardo Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos desde que surgiram rumores de que ele poderia ser alvo de mandados judiciais relacionados aos inquéritos que investigam a atuação de grupos extremistas. Bolsonaro diz ser inocente ao comentar a situação do filho, e acusa o sistema judicial brasileiro de usar mecanismos legais para prender opositores. A estratégia de manter Eduardo fora do Brasil reflete uma movimentação do núcleo bolsonarista para evitar novas prisões e preservar quadros políticos considerados centrais.
A defesa pública da inocência tem sido uma das marcas do discurso de Jair Bolsonaro desde o fim de seu mandato. Nas últimas semanas, ele intensificou os ataques contra o Judiciário e tem buscado apoio internacional para reforçar sua narrativa. Bolsonaro diz ser inocente e tem recorrido a canais diplomáticos e veículos internacionais para denunciar o que classifica como uma campanha de perseguição contra ele e seus aliados. Essa movimentação evidencia uma tentativa de internacionalizar a disputa política brasileira.
A possível prisão de Eduardo Bolsonaro, caso retorne ao Brasil, é tratada pelo ex-presidente como inevitável diante do que considera um ambiente de hostilidade institucional. Bolsonaro diz ser inocente, mas afirma que o sistema está viciado e opera para impedir que lideranças conservadoras participem do processo eleitoral de 2026. Ele também alertou para o que vê como um avanço autoritário do Judiciário sobre os demais poderes e pediu que a população esteja vigilante frente ao que define como um cerco à liberdade de expressão e à oposição política.
Ao mesmo tempo em que se defende das acusações, Bolsonaro tenta manter viva sua base eleitoral, utilizando a imagem de mártir político. Bolsonaro diz ser inocente não apenas em defesa própria, mas como forma de alimentar o discurso de resistência de seu grupo. A permanência de Eduardo nos Estados Unidos é, portanto, parte de uma estratégia mais ampla, que visa preservar lideranças e reorganizar a direita para futuras disputas. A narrativa da inocência funciona como elemento de mobilização, especialmente nas redes sociais.
Com as eleições de 2026 se aproximando, a insistência de Bolsonaro em dizer que é inocente tem um claro objetivo político: evitar sua inelegibilidade e proteger sua família de novos processos. As declarações sobre Eduardo refletem um cálculo estratégico que combina defesa jurídica com discurso eleitoral. Enquanto os processos avançam no Brasil, Bolsonaro intensifica sua retórica internacional, na tentativa de apresentar-se como vítima de um sistema parcial. E, mais uma vez, Bolsonaro diz ser inocente, tentando transformar a crise em capital político.
Autor: Dan Richter