Conforme o fundador Aldo Vendramin, falar sobre agricultura familiar e segurança alimentar nas escolas é destacar uma estratégia fundamental para promover saúde, educação e desenvolvimento local de forma integrada. Por meio de programas que conectam pequenos produtores a instituições de ensino, é possível garantir alimentos frescos, saudáveis e regionais nas merendas escolares, ao mesmo tempo em que se fortalece a economia das comunidades rurais.
Veja como a união entre agricultura familiar e merenda escolar está nutrindo alunos, valorizando produtores locais e semeando um futuro mais justo e saudável para todos!
Como a agricultura familiar e a segurança alimentar nas escolas contribuem para a qualidade da alimentação?
A conexão entre agricultura familiar e segurança alimentar nas escolas melhora diretamente a qualidade nutricional das refeições oferecidas aos estudantes. Ao priorizar alimentos frescos e sazonais, como frutas, verduras, legumes e grãos produzidos localmente, as escolas reduzem a presença de ultraprocessados e aumentam o valor nutritivo da merenda. Isso é especialmente importante em áreas vulneráveis, onde a alimentação escolar muitas vezes representa a principal refeição do dia para muitas crianças.

Além do aspecto nutricional, os alimentos da agricultura familiar são menos expostos a longos períodos de transporte e armazenamento, o que reduz a perda de nutrientes e o uso de conservantes. Segundo Aldo Vendramin, isso garante uma alimentação mais saudável, saborosa e com maior variedade ao longo do ano. A diversificação do cardápio escolar também estimula o paladar das crianças e amplia seu repertório alimentar, contribuindo para hábitos mais equilibrados a longo prazo.
Outro ponto relevante é o respeito à cultura alimentar regional. A compra de alimentos produzidos localmente favorece o uso de ingredientes típicos da região, fortalecendo o vínculo dos alunos com a identidade cultural do território. Ao reconhecer no prato aquilo que é cultivado perto de casa, as crianças aprendem sobre a origem dos alimentos e desenvolvem uma relação mais consciente e valorizada com a comida.
Quais os impactos sociais e econômicos da agricultura familiar na merenda escolar?
Os benefícios da agricultura familiar e segurança alimentar nas escolas vão além da alimentação: eles alcançam as famílias agricultoras e suas comunidades. Ao destinar parte dos recursos públicos da alimentação escolar para a compra de produtos da agricultura familiar, os programas de aquisição promovem geração de renda, inclusão produtiva e fortalecimento da economia local. Como destaca o fundador Aldo Vendramin, isso ajuda a reduzir o êxodo rural e promove a permanência de jovens no campo com dignidade.
Muitos desses produtores pertencem a grupos historicamente excluídos, como mulheres, povos indígenas, comunidades quilombolas e assentados da reforma agrária. Quando esses grupos acessam o mercado institucional por meio da merenda escolar, não apenas ganham autonomia econômica, mas também reconhecimento social. Isso contribui para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, onde o campo e a cidade caminham juntos.
Quais políticas públicas fortalecem a relação entre agricultura familiar e segurança alimentar nas escolas?
Programas como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) são peças-chave para consolidar a integração entre agricultura familiar e segurança alimentar nas escolas. Desde 2009, o PNAE estabelece que pelo menos 30% dos recursos federais destinados à alimentação escolar sejam utilizados na compra direta de produtos da agricultura familiar. Como pontua Aldo Vendramin, essa política tem sido um dos principais instrumentos de fortalecimento da produção local e promoção da alimentação saudável nas redes públicas de ensino.
No entanto, para que esse percentual seja alcançado — e até superado — é necessário garantir apoio técnico e logístico aos produtores. Assistência técnica, acesso ao crédito, capacitação em agroecologia e facilitação de processos burocráticos são medidas fundamentais para que mais agricultores possam participar do programa. Também é importante investir em infraestrutura, como transporte e armazenamento, para assegurar o fornecimento regular e com qualidade às escolas.
Autor: Dan Richter